Com licença

Hoje é sexta-feira!!!

Acordei às 5h30 ( da matina, não foi da tarde não!), dei aulas a 200 criancinhas de 50 em 50 minutos, ouvi pressão de um pai, atendi coordenadora… entreguei uma prova, elaborei outra, saí às 12h, peguei o maior engarrafamento do mês, não pude ir à faculdade entregar um trabalho, não pude ir buscar um dinheiro na casa da colega, não pude ir ao salão, não pude ir ao shopping, não pude levar a máquina à assistência técnica, não pude ir ao banco, não almocei. Peguei minha avozinha velhinha, levei-a a fazer uma cirurgia, encontrei um aluno no hospital (que, galante, beijou minha mão – hehehe), encontrei uma colega de faculdade que não via há seis anos, comi dois pacotes infames de biscoito e batata-frita que é tudo que há nestas merdas de hospitais (bem saudável, não?), tomei uma água de coco num mercadinho imundo (vou postar sobre isso), um refri diet… Encostei na cadeira do hospital, esperei quatro horas, bêbada de sono da noite mal dormida, li os quatro livrinhos que levei, enfadei, joguei vídeo game no celular,  a madame do lado conversou horas comigo sem que eu lhe perguntasse nada, fiquei sabendo de todos os assaltos que a família dela sofreu, do nome da namorada do filho dela, do emprego dos dois rapazes folgados que ela pariu (segundo ela mesma), que cinco pessoas já se mudaram do prédio dela com medo da violência no bairro, que o marido dela não funciona mais por causa da próstata, que ele aposentou como inválido, que fez cirurgia há sete anos, que o plano dela é uma merda, que ela trabalhava no Pólo petroquímico, que ela tem assinatura da revista veja… blá blá blá blá blá… Saí do hospital, paguei uma fortuna de estacionamento, levei a avó velhinha ao passeio no fim de tarde para desestressar da cirurgia, fi-la comer uma torta de damasco (huuummmmm), dirigi, coloquei gasolina, fui à farmácia, comprei remédios, fiz um tal de cartão da farmácia para ela porque o remédio fica mais barato para os clientes x, deixei-a em casa, esperei que tomasse banho, entreguei-a aos cuidados da outra irmã, liguei para a amiga, para a família, dirigi, um trânsito dos infernos…

Estou cansada, com olheiras…

Cheguei à minha casa às dezenove e quinze, tomei banho assim que entrei, peguei um vestidinho no armário, maquiei o rosto, arrumei o cabelo, ajeitei a unha, bloguei e, de sapatos altos, vou ali a uma festinha que ninguém é de ferro! 

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