Sabe quando você sabe o que você não quer para si?
Dia: 17 de setembro de 2006
Ao fundo, o mar
Afundo-me em memórias e vejo o homem.
Cabisbaixo. Não se mostra, não revela.
O olhar esquiva-se do que perscruta.
O cabelo em desalinho, a fronte serena.
O peito já coberto de brancos.
Então o barco balança. O mar é prata. Ao fundo, a mata.
Foi Parati.
Achados e perdida
Remexer nos guardados,
encontros marcados.
Fotografia
Quando a lente da câmera capta
o que há de mais profundo, lírico, significativo e poético
numa cena, na pessoa, num lugar qualquer,
não, ela não é mágica, moderna ou prismática.
É você, humano, que vê.