Ontem me obriguei a ter uma vida saudável. Isso inclui desligar o computador. Prometi a mim mesma que só o religaria hoje à noite. Quebrei a promessa antes do tempo. Como não sou adepta da televisão, fico alienada até abrir o jornal de SP ou ligar o pc. Acontece que, em tempos modernos, é quase impossível estar alienada. Minha amiga me ligou umas três vezes nesta manhã. Quando, finalmente, conseguiu falar comigo, me contou sobre a queda do avião da Gol. Meu Deus! Eu não sabia de nada. Sem ver tv desde ontem e com o pc desligado, nada sabia.
Fui conferir a lista on line de passageiros, nenhum conhecido. Mas isso não nos impede de sentir a impotência da frágil vida humana ao perceber o quanto tudo pode acabar agorinha mesmo. A gente acorda viva e não sabe se assim continuará até o amanhã.
De repente, pode até haver culpa da companhia, ou não, mas agora, agora, não creio ser isso o importante. Há que se averiguar ainda a causa, não quero especular.
O que me deixa sempre a pensar é a instataneidade da morte. Pá. De repente, pronto, não estamos mais vivos. Seja ataque cardíaco, bala perdida, aneurisma cerebral, câncer, febre, virose, acidente de carro, ônibus, trem, avião , navio… Um segundo e já não estamos mais vivos.
É por isso que os sábios disseram: carpe diem. É só isso.