O poeta já cantou que logo cedo a gente vai ‘sentir preguiça no corpo’ e estirar a coluna, as pernas e os dedos até deliciosa e lentamente encontrar a doce vontade de levantar … não sem antes beijar, abraçar e beijar e abarcar a felicidade inteira de estar com quem se ama.
Um desjejum com fruta doce, pão de linhaça torrado com manteiga, vitamina, granola, iogurte, mel… café e leite. Depois mil beijinhos de despedida na porta até o meio-dia, quando o sol de Salvador castigava os mortais e azulava mais ainda o mar imenso. Vinícius cantava para o casal a caminho da praia. A maré estava cheia como a Lua de ontem à noite e a areia fofa convidava ao descanso regado a cerveja e acarajé com pimenta.
A tardinha ia chegando e a moqueca de camarão borbulhou convidando ao degustar com a cerveja estupidamente gelada… O restaurante acolhedor, a simpatia do pessoal… Tantas palavras o dia inteiro, tanta conversa … aqui e ali um suspiro de futuro, quem sabe? “O presente é tão grande, não nos afastemos, não nos afastemos muito. Vamos de mãos dadas”.
A noite já trazia a Lua ao voltarmos à casa onde o cheiro dos corpos banhados convidaram ao acasalamento. E veio a paz, o silêncio e o sono.