Existem pessoas que criam expectativas enormes em relação às demais pessoas com as quais convivem. Geralmente, aquele que projeta no outro os seus desejos ou padrões de comportamento, sente-se falido em relação às próprias forças e possibilidades. Aquele que espera receber amor, afeto, conhecimento, dinheiro, seja lá o que for, muitas vezes, pouco faz em relação ao próprio potencial de conquista.
Escrevo porque vejo alunos, por exemplo, acusarem professores de não lhes ensinar o que deviam aprender. Penso e reflito muito sobre a atitude: é cômodo ser o receptáculo do conhecimento, receber tudo mastigado, ouvir passivamente em sala de aula. O que o estudante de hoje está produzindo? O que anda discutindo? Pelo que se interessa? Debate? Pesquisa? Aprofunda? Questiona?
Reclama-se da quantidade de apostilas, exige-se prova medíocre, de preferência, objetiva. Compram livros? Não, tiram xerox. De alguns textos, todos não. É caro gastar os 0,10 por página de Platão, Galileu, Einsten, Marx, Machado, Asa Briggs ou Maquiavel que seja. Ler ? Só se cair na prova. E, na moral , professora, vou puxar seu saco que preciso ser aprovado.
Isso não é educação.
Concordo plenamente com o que foi dito. A maioria dos alunos não querem “aprender”,
só querem tirar boa nota, o aprendizado que se lixe…..
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Chica, não sei se a maioria, mas muitos alunos realmente nada querem na escola, apenas ouvem ou fazem de conta que ouvem. Preocupo-me porque educação é transformação, é revolução!
com certeza tá tudo falido e ferrado e a gente dando um duro danado, pra quê? bjs
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Ô, Soll… eu ainda creio, ainda creio…
Educação é o nosso maior problema, o resto é secundário. Concordo com o texto.
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Secundário? Sei não… São tantas as prioridades! Só educação não basta, embora resolva e previna-evite muitos outros problemas.
Oi Alena! Sou sua aluna de Jornalismo na Jorge Amado e achei divina a sua iniciativa de reunir os textos dos alunos no “Seiscentos Cafés”. Pensando nisso, resolvi fazer um trabalho gráfico que poderia ser usado como template do blog… aqui está: http://i30.photobucket.com/albums/c338/luvss/600cafes.jpg (se não abrir me mande um e-mail – luvss@hotmail.com). Eu me disponibilizo também para fazer a parte “chata”, o HTML! 🙂 Espero que goste do presente!
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Oi, Marcela ! Amei a SUA INICIATIVA de oferecer o template. Só que sou ousadíssima e, se quiser mesmo fazê-lo, vamos conversar para ver outras idéias?
Alena, eu de novo…
Olha só, como você usa o wordpress, fiz uma prévia de como ficaria: http://luvss.wordpress.com
Não precisa nem ajeitar o HTML, é só colocar essa figura (http://i30.photobucket.com/albums/c338/luvss/600cafeswp.jpg) no lugar do image header do theme “Day Dream” (um azulzinho) e clicar em “hide text” e pronto. Fica deste jeito…
Para mudar o image header, é só clicar em “edit image header”!
Alena, eu concordo 100 por cento com isso. Olha tô na sala de aula de novo e tenho visto cada uma de lascar, eu fico horrorizada, ninguém mais quer aprender, quando eu esttava na UFMG há milhões de anos, a gente não aceitava prova fechada de Sociologia, lembro uma vez que teve uma e a sala toda achou ruim, reclamou e tal. Agora o povo tá reclamando de prova da mesma matéria aberta, querem tudo com V ou F, com lugarzinho pra marcar X e tal. Agora belos cientistas sociais vão sair né não? Imagino que isso deve estar assim em quase todos os cursos, e realmente é lamentável…Beijos.
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Nalu, é uma tendência generalizada, especialmente no Ensino Médio… mas, por exemplo, no curso de Ciências Contábeis, a turma noturna é envolvidíssima. O pessoal de Psicologia a que dou aulas também. Tenho alunos muito bons em Jornalismo, comprometidos… Quando falo assim, desabafo, mas, na verdade, refiro-me a parte da sala, não ao todo. E falo do comportamento deles, alunos, com os colegas de outras disciplinas; geralmente, tenho pouquíssimos casos de desinteresse. Mas acontece na minha aula também, infelizmente.
O importante do post é a reflexão sobre a concepção pedagógica.
Uau! É isso aí. Concordo completamente com vocês.
Expectativas são… a minimização do resultado. Por quê esperar do outro algo que podemos fazer por nós mesmos? E o pior: por quê exigir do outro algo que não somos capazes de fazer por nós mesmos?
Tudo errado. Ou tudo certo? Sei lá.
Beijos.
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Esperar… esperar… impor ao outro a expectativa que é nossa… difícil, muito difícil. Creio na nossa força pessoal para mover o mundo. Mas firmando parcerias sempre que possível. É muito melhor e dá mais resultados.
Uau! É isso aí. Concordo completamente com você.
Expectativas são… a minimização do resultado. Por quê esperar do outro algo que podemos fazer por nós mesmos? E o pior: por quê exigir do outro algo que não somos capazes de fazer por nós mesmos?
Tudo errado. Ou tudo certo? Sei lá.
Beijos.
Será que os alunos são os únicos “culpados”? Será que o sistema, incluindo-se ai o professor, não poderiam tornar a escola, o aprender, a leitura mais atrativos?
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Não. E o post não culpa exclusivamente os alunos. Mas este texto refere-se a eles como metáfora, sim. Foi o exemplo que eu quis destacar neste dia. Sobre professores, já escrevi antes e creio que muito do que acontece em sala deve-se a nós, sim, educadores ou impostores.
Oi Alena! Sou sua aluna na faculdade Jorge amado em jornalismo. Também fui sua aluna no colégio São Paulo. Gostei do seu texto; é simples e toca diretamente em um tema bastante complexo na nossa sociedade contemporânea. A desvalorização da educação ocorre por parte do todos os grupos: dos pais que não se importam exatamente com o que os filhos lêem contanto que consigam passar de ano ou para o próximo semestre na faculdade, dos próprios filhos que perdem a oportunidade única que é trabalhar o ato de pensar através da leitura, muitos professores que apenas ‘vomitam’ informações sobre seus alunos e, muitas vezes, não permitem a contestação…enfim, nossa sociedade em geral. Infelizmente, é como se a educação estivesse com um câncer piorado a cada dia por todos nós. Porém, tento ser otimista, a mudança ocorre aqui e agora quando todos participamos de blogs como este, lemos, protestamos… Mesmo que comecemos com poucos, não importa, uma onda também sempre começa pequena!!
Abraços
Mariana
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Leia Palomar na praia de Italo Calvino, Mariana. Obrigada pela participação, muito sensata.
Eu acho que os estudantes de hoje em dia só vão na escola por que os pais obrigam