O nosso alfabeto passará a ter 26 letras quando entrar em vigor a Unificação da Língua Portuguesa até o final do ano. O acordo ortográfico da L. P. atingirá os países lusófonos Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
Haverá um período de transição para as ratificações no idioma, revisão e reimpressão de livros, gramáticas, dicionários etc. Em Portugal, 1,6% do vocabulário será modificado enquanto no Brasil cerca de 0,45%. As pronúncias típicas de cada país não se alterarão obviamente porque a fala é soberana e como ela é que consagra o uso, pode demorar muito para que a população incorpore as mudanças, se é que as incorporará.
No Brasil, por exemplo, se considerarmos a falta de uso corrente do trema, a sua extinção não fará lá muita diferença para a massa que já não o emprega. Apenas uma pequena parcela da população ainda está atenta a ele. O acento em vogais dobradas como em vôo e lêem fará mais falta, mas também se considerarmos a tendência consagrada pelo uso dos PC’s pelos jovens, a falta do acento atingirá apenas a população mais velha ou conservadora.
Se Portugal sentirá a falta do h de húmido e do c e p mudo de acto e baptismo, por exemplo, cá nas nossas terras nada se alterará porque já são mudanças estabelecidas há muito.
Acentos de ditongos também desaparecerão como o de assembléia, mas também creio que não vão lá fazer muita falta neste mundo que já não acentua mesmo muitas palavras.
Já estava mais do que na hora de entender que k, w e y fazem parte do nosso cotidiano, especialmente por causa do uso freqüente da língua inglesa.
Por outro lado, o interessante é, para mim, pensar nas prateleiras de livros com escrita arcaica que terei a partir da entrada em vigor do acordo que espera desde 1990 a assinatura de todos os países. Que venha o futuro então! Eu já faço mesmo parte do século ( e do milênio!) passado.
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Muito interessante, pra mim que tenho uma dificuldade tremendo quanto a ascentuação, não vou achar tão ruim.rsrsr
Mas imagino o quanto será difícil essas mudanças, em portugal então..rs
Beijos
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Paula, a acentuação não é difícil. Portugal não vai sofrer tanto assim e o tempo é que consagra as mudanças. Os países da África é que sofrem mais com a imposição da língua oficial que mata os dialetos locais.