Salvem a professorinha!

Se tem uma coisa que eu detesto é quando faço anotações no quadro e um(a) aluno(a) me chama insistentemente – como se eu fosse surda , sem entender que não viro imediatamente porque estou ocupada e o mundo não é o centro do umbigo dele(a). Para me irritar ainda mais, a inocente criatura me pergunta:

– É para copiar, fessora (ou pró)?

Inteligência brilhante. Juro que eu nunquinha abri a boquinha para perguntar algo do gênero a nenhum(a) professor(a). Ora, se eu estivesse afim e julgasse importante, copiava; se não, não copiava.

Obedeçam, súditos que só sabem seguir ordens. Nada julguem. Nestas horas, me consola lembrar Chaplin saindo da linha de montagem com o tique nervoso do apertar de parafusos em Tempos Modernos. A arte avisou há muito.

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