Se tem uma coisa que eu detesto é quando faço anotações no quadro e um(a) aluno(a) me chama insistentemente – como se eu fosse surda , sem entender que não viro imediatamente porque estou ocupada e o mundo não é o centro do umbigo dele(a). Para me irritar ainda mais, a inocente criatura me pergunta:
– É para copiar, fessora (ou pró)?
Inteligência brilhante. Juro que eu nunquinha abri a boquinha para perguntar algo do gênero a nenhum(a) professor(a). Ora, se eu estivesse afim e julgasse importante, copiava; se não, não copiava.
Obedeçam, súditos que só sabem seguir ordens. Nada julguem. Nestas horas, me consola lembrar Chaplin saindo da linha de montagem com o tique nervoso do apertar de parafusos em Tempos Modernos. A arte avisou há muito.
adorei!!!!!!
Tão verdade! Por aqui é igual, igual! Pensei que era exclusivo dos meus alunos deste ano porque nunca tinha visto tal.
Os alunos aqui dizem “setoura” ou “sótoura”. Soa estranho.