Cuidado que a cuca vem te pegar

Meu mais novo brinquedinho já tem uma semana de vida. Naquela onda consumista de presentear crianças com ovos de páscoa cujas surpresas são apenas o que momentaneamente interessam para logo mais no dia seguinte descartavelmente não fazerem mais sentido algum, acabei arrecadando algumas para mim – juro que eu gosto e que no ‘meu tempo’ eram bem menos interessantes.

Comprei um montão de ovos para adoçar o mundo e dois das princesas para as meninas do love. Uma quis a princesa, mas a mais velha pensou mesmo foi no sonho de valsa que eu lhe cedi gentilmente. Acabei ficando com um ovo principesco infantil e de papel rosa com gosto lá duvidoso ( meus chocolatinhos que o digam!).

Mas o melhor da história foi que arrebanhei uma princesa dançarina para enfeitar a minha mesa e me lembrar do quanto eu sou menina e mereço sonhar e ser feliz. 

Depois de duas semanas de idílio, um ovo temporão apareceu na praça e as crianças já sem saco para as surpresinhas, acabaram me dando o brinde da vez: fiquei com a cuca do sítio do picapau-amarelo.

Ótima idéia. Assim, meu lado Fiona aparece, lembro-me de que no salto posso ser princesa, mas tenho todas as garras de ogra do pântano também.

Ô delícia de viver!

Detalhe importante é perceber que a Cuca veste a Aurora, não é?

Ah, momento passado remoto:  aquele palhacinho da direita  é meu primeiro porta-lápis que comprei aos 14 anos e os vasinhos gregos atrás da princesa são de lá de Atenas mesmo( viagem 2005 ) (mooooooooorram de vontade de ir também!) .

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Ventania

Salvador viveu na tarde de ontem e na noite inteira, uma ventania fortíssima e chuva torrencial. Minha parcela de menina leonina fica encantada com o poder da natureza nos colocando no lugar de pequenos humanos. O asfalto da orla hoje estava repleto de areia – fato que há muito não ocorre – e os varredores tentavam limpar com vassouras após às dez quando abriu um sol de bonança.

Delícia ver a fúria do vento ontem a bater portas aqui em casa, as janelas com frestras mínimas a esfriar a casa inteira e, com as cortinas fechadas, adormecer sonhando em lençóis gostosos ao sabor do frio natural.