O amor está no ar!

Angustiada com os preços nada apaixonantes do shopping?

Seus pobremas se acabaram-se (risos).

foto by  Alena Cairo

Você vai precisar de pouco dinheiro (mas de muito amor).

Uma caixinha de tamanho 11 cm X 9 cm X 3,5 cm .

 foto by  Alena Cairo

Um bloquinho de anotações tamanho de bolso. Há várias opções lindas que combinam com o estilo do seu amor, com certeza.

foto by  Alena Cairo

Papel de seda branco e laço de fita vermelha.

foto by  Alena Cairo

Na primeira página, escreva uma mensagem especial para o seu amor.

Capriche no laço e enlace o presente em carinho. Fica simplesmente muito meigo.

foto by  Alena Cairo

 foto by  Alena Cairo

(Gasto total: R$ 14,80. Viu que cabe no bolso?  Produtos da Arte em Papel)

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Para falar de amor, convido com reverência o meu poeta Carlos Drummond de Andrade:

“Reconhecimento do Amor”
Carlos Drummond de Andrade

Amiga, como são desnorteantes
Os caminhos da amizade.
Apareceste para ser o ombro suave
Onde se reclina a inquietação do forte
(Ou que forte se pensa ingenuamente).
Trazias nos olhos pensativos
A bruma da renúncia:
Não querias a vida plena,
Tinhas o prévio desencanto das uniões para toda a vida,
Não pedias nada,
Não reclamavas teu quinhão de luz.
E deslizavas em ritmo gratuito de ciranda.

Descansei em ti meu feixe de desencontros
E de encontros funestos.
Queria talvez – sem o perceber, juro –
Sadicamente massacrar-se
Sob o ferro de culpas e vacilações e angústias que doíam
Desde a hora do nascimento,
Senão desde o instante da concepção em certo mês perdido na História,
Ou mais longe, desde aquele momento intemporal
Em que os seres são apenas hipóteses não formuladas
No caos universal

Como nos enganamos fugindo ao amor!
Como o desconhecemos, talvez com receio de enfrentar
Sua espada coruscante, seu formidável
Poder de penetrar o sangue e nele imprimir
Uma orquídea de fogo e lágrimas.

Entretanto, ele chegou de manso e me envolveu
Em doçura e celestes amavios.
Não queimava, não siderava; sorria.
Mal entendi, tonto que fui, esse sorriso.
Feri-me pelas próprias mãos, não pelo amor
Que trazias para mim e que teus dedos confirmavam
Ao se juntarem aos meus, na infantil procura do Outro,
O Outro que eu me supunha, o Outro que te imaginava,
Quando – por esperteza do amor – senti que éramos um só.

Amiga, amada, amada amiga, assim o amor
Dissolve o mesquinho desejo de existir em face do mundo
Com o olhar pervagante e larga ciência das coisas.
Já não defrontamos o mundo: nele nos diluímos,
E a pura essência em que nos transmutamos dispensa
Alegorias, circunstâncias, referências temporais,
Imaginações oníricas,
O vôo do Pássaro Azul, a aurora boreal,
As chaves de ouro dos sonetos e dos castelos medievos,
Todas as imposturas da razão e da experiência,
Para existir em si e por si,
À revelia de corpos amantes,
Pois já nem somos nós, somos o número perfeito: UM.

Levou tempo, eu sei, para que o Eu renunciasse
à vacuidade de persistir, fixo e solar,
E se confessasse jubilosamente vencido,
Até respirar o júbilo maior da integração.
Agora, amada minha para sempre,
Nem olhar temos de ver nem ouvidos de captar
A melodia, a paisagem, a transparência da vida,
Perdidos que estamos na concha ultramarina de amar.

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5 comentários sobre “O amor está no ar!

  1. Enquanto isso, a Unb manifesta total apoio a ocupação da Reitoria da Usp, e em salvador bahia, onde o nível do sentimental, do que se sente, que é superfulo, da primeirade, do quali-signo, apenas e mais nada, consegue ver. Continua inerte as questões da educação do estado, que é caótico e atrasado. Uma roça midiática (com a licença dos pomposos). Estudantes e professores aqui não formam um partido, não tem uma demanda em comum. Se pergunte porque não? Não estão eles juntos para educação? O professor dá até aula, sozinho em casa, e aluno assiste, aula durmindo, sonhando, nas salas de aula daqui. E na faculdade de arquitetura não tem aula, seu grande Niemayer, arquiteto socialista (construio brasília – casa grande – aqui é o quintal) decrete logo a crise da arquitetura. Mas, por favor não passe a bola às construtoras de plantão.
    Parece que a lógica aqui é a de que “quem tem mão de agarrar ligeiro trepa”, em todos os sentidos, apenas aqui é possível. Incrível, literalmente. Moi moi.

  2. Moi. São fragmentos o comentário acima, e eu comento meu próprio comentário porque ele veio em minha mente assim, eu profundo, em símbolos do subconsciente. Nele, se pesca palavras conscientes. E pra meio entendeno huoa.moaeoia,l….tá. Moi moi, ou tchau tchau.

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