O Rio Vermelho é um dos bairros mais boêmios de Salvador. Todas as noites, a vida acontece no Red River. Teatros, excelentes pizzarias e as três disputadíssimas baianas de acarajé Cira, Dinha e Regina montam seus tabuleiros nos largos. O Mercado do Peixe funciona 24 horas e lá se come praticamente tudo.
O espaço da rua sofre, entretanto, com a falta de estrutura urbana deste país subdesenvolvido. Toaletes só na França. Poucos sanitários nas ruas e, por isso, muita gente usa a praia ou qualquer canto das muitas ruelas para urinar. O estado de abandono e saturação dos sanitários do Mercado do peixe me fez um dia pensar em nunca mais voltar ao local. Havia pelo menos uns 6 cm de urina alagando o chão de um sanitário. Melhor não pensar. Quem quiser um mínimo de civilização, que fique nos bares e restaurantes da moda porque pelo menos poderá se sentir cidadão.
Homem estátua, crianças malabaristas, vendedores de toda sorte de coisas ( de tênis coreano a queijo coalho assado na brasa), artistas de rua, poetas, sanfoneiros, motociclistas, palhaços… no Rio Vermelho se vê de tudo, inclusive as ‘celebridades’ deste mundinho brasileiro que, hospedadas nos hotéis da região, saem a pé para comer um abará ou acarajé apimentado.