Mais sobre professores

Quando eu me formei, descobri estarrecida que a professora que eu mais admirara na faculdade considerava adotar na sétima série Meu pé de laranja lima demodê. Nossa! E sensibilidade é demodê?

Não vou dizer que depois de adulta é o meu livro preferido, mas quando eu era menina, Zezé me ensinou a sensibilidade de forma muito bonita. Quando eu era criança, este era, sem dúvida, o meu livro preferido junto ao Sítio, que era uma coleção gigante. Li e reli muitas e muitas vezes. E sempre chorava e achava bacana chorar. Aquele Portuga habitava um mundo de pureza que vale a pena.

Ziraldo fez algo parecido com o Menino Maluquinho. Às vezes, eu tenho a impressão de que o menino de Ziraldo era o mesmo Zezé – uma criança traquina, normal e com chances de ser feliz e ter história para contar.

Quanto à dona Cecília Paim, juro que ontem eu me lembrei dela quando vi o descaso com que os professores são hoje tratados por tantas pessoas. Tantas.

E fiquei passada quando li a dica de economia de uma dita jornalista:

“Se quiser economizar, pense como homem. Segunda-feira, por exemplo, nenhum homem estará pensando em comprar presentes para a professora do filho. Boa oportunidade para começar a guardar seu dinheirinho.”

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