Eu confesso que não consigo aceitar a prática que anda se espalhando entre os jovens. No Natal e em outras épocas comerciais, como a páscoa, inventa-se o amigo secreto. Legal fazer amigo secreto, dar a oportunidade a alguém de me presentear e a mim mesma a oportunidade de presentear também. Escolher presentes é uma das coisas mais gostosas de se fazer. Pensar no outro, escolher para o outro, doar ao outro.
O caso é que aqui é costume inventar amigo secreto de presente determinado. Ou melhor, com presente encomendado. Nesta semana, por exemplo, estão acontecendo, em quase todas as salas de aula, amigos secretos de ovo de páscoa. Cada participante escolhe a marca, o tipo, o tamanho e se o chocolate deverá ser branco ou preto. Ora, quem quiser ganhar um ovo x, do tamanho y e das características z… que vá ao comércio e o compre!
Trocar dinheiro? “Só valem ovos entre R$15,00 e R$20,00”, “Todos têm que ser número 16″… me deixem.
A mesma coisa é um tal de amigo secreto de sandália havaiana. A pessoa escolhe o designe, a cor, o tipo e faz a encomenda a alguém que só vai chegar à loja e pagar. Eu não participo destas trocas. Eu não gosto delas.
Há quem participe, não receba o que PEDIU e saia ainda chateadíssimo porque gastou o seu dinheiro e não ganhou o que quis. Até assembléia para decidir o que fazer com o revoltoso que não comprou o que a lista indicava eu já vi acontecer. De novo: quem quiser suas coisas que as compre.
Dou presentes aos meus amigos, escolho com detalhes, penso na pessoa. Depois saio feliz por tê-los agradado e assim me sinto quando recebo gentilezas de quem gosta de mim. Trocar dinheiro só no câmbio, se eu for ao exterior.