Nada deixe para depois…

… que o bebê nascer ou não lhe sobrará tempo até depois dos três meses.

Agora, quando Alice já fez três meses e 15 dias, eu estou podendo desviar um pouco a atenção dela e fazer o que deixei pendente. Nada fácil postergar o que é (era) importante para você. Julguei que seria mais ativa e que me sobraria mais tempo. Avaliei mal.

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A felicidade

Não há nada melhor que ver Alice sorrir. Ver Alice descobrir o mundo é maravilhoso. Ela conversa muito e cada som é uma descoberta maravilhosa para mim. Pega as mãos e agarra uma na outra como quem reza o credo pela vida. Sacode as perninhas e os bracinhos e acha graça de nossa conversa consigo.

Os filhos existem para encontrarmos o melhor de nós. Bem no fundo, recôndito, fica aquela porção humana admirável que, na vida adulta, só redescobrimos quando temos alguém para amar. E o amor pelos filhos é só entrega porque estamos ali, prostados, diante do fantástico, da continuidade, da novidade. É a hora sim, em que o que de melhor somos aparece. É o instante miraculoso em que você, gente comum, pequena e (quiçá) vil, se converte em alguém com capacidade plena pra fazer o outro feliz. E nada exige verdadeiramente porque o efeito da felicidade do bebê sacudindo-se, sorrindo e dando gritinhos incompreensíveis aos leigos nesta linguagem da vida é o suficiente para apaziguar a sua alma inteira.

Diplomada

Alice já sorri muito mais. Alice agora brinca mesmo. Interage de forma apaixonante. Ela olha os brinquedinhos e tenta pegá-los. Dá os gritinhos que deixam qualquer mãe enternecida: ah, hu… êh… aguuu…

Quando Alice vê de pertinho um brinquedo, ela o pega com suas mãozinhas e tenta, ainda sem muita destreza, levá-lo à boca. A fase oral se inicia, mas por enquanto, o peito ainda é o seu brinquedo predileto.

Quase todos os bebês fazem a mesmíssima coisa, entretanto, no dia 02 último, quando ela pegou pela primeira vez um brinquedinho, eu parecia mãe orgulhosa a ver o filho ser diplomado em Oxford.