Olhar o mar de Salvador

Muita gente reclamou, o caso foi alvo de protestos inúmeros, falaram coisa séria (desemprego de tanta gente), falaram besteira (vão sair por aí assaltando as pessoas). Mas o fato é que a orla de Salvador sem as barracas de praia está uma coisa linda de se ver.

A impressão que eu tenho agora é que Salvador realmente tem praia!

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“A minha vagabunda”

“A babá de minha filha, brincando com ela, resolveu :

– Vem, Alice, venha colocar Shrekinha na sua cacunda* para fazer pocotó…

Neste ponto da conversa, ela voltou à sala e a babá, já distraída, conversava com a empregada. Ao que ela , do alto de seus 2 anos e 5 meses, disparou:

– Bó, rumbora logo, coloca Shrekinha na minha vagabunda.”

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*Saber que a babá de minha filha fala “cacunda” é motivo para outro post.

Nada muito estranho

“Hum…/ Mas se um dia eu chegar/ Muito estranho /
Deixa essa água no corpo / Lembrar nosso banho (…)”

Saudades enormes do tempo em que eu tinha para quem chegar, do tempo em que a água realmente escorria no nosso banho. O pior: só me lembro do banho com quem não deveria. Ainda assim, o clima em minha alma é bom. Sensação muito boa de ter realizado muitas metas de ano novo já agora, em fevereiro (tão ainda em fevereiro!). Fato para anotar no mural: fazer planos dá certo. Vale a pena. Leva a realizações. Mais rapidamente do que imaginamos.

“Hum! /Mas se um dia eu chegar/ Muito louco (…)”

Saudades do tempo em que eu chegava em casa muito louca, algumas vezes, vezes tão boas de risada até altas horas, de papos psicodélicos com amigos distintos, amigos importantes, amigos-cabeça, amigos que valem a vida. Amiga Deda, amiga Sandra, amiga Mônica, amiga Renata e Juli e Luciano, amigo Dadau, amiga Liége, amigo Chico, amiga Eneyle, amigo Roberto. Muito louca de alegria, de embebedar-me de champagne e poesia, de cerveja e lambreta, de Vinícius e vinho tinto.

Saudades do tempo que volta agora, um tempo em que meu riso é maior que eu mesma.

Saudades mais ainda de quando havia quem esperasse, quem encontrar, quem compartilhar.

“Deixa essa noite saber /Que um dia foi pouco”

Saudades antecipadas de quando eu viverei de novo a noite que me dirá que o dia foi tão insuficiente para tanta coisa boa e a dormida será sob estrelas, será sob cobertor, será sob o corpo de quem se ama, será sob o manto do depois.

“Cuida bem de mim”

Não, não tenho saudades de nenhum cuida  bem de mim. Não , não tenho. O último que ouvi foi engodo, promessa vã, disparate frívolo e não cumprido. Melhor esquecer. Tenho uma filha para cuidar . E agora eu cuido muito mais de mim.

“Então misture tudo /Dentro de nós /Porque ninguém vai dormir /
Nosso sonho…”

Já. Já misturei. Tentaram dormir os nossos sonhos, tentaram apagar a nossa alegria. Conseguimos. É. A proeza foi nossa. Inteiramente nossa. Responsáveis e vítimas de si mesmos. De nós mesmos.

A vida é para frente . E tantas vezes quiseste ficar solto. Ficaste. Eu fiquei só.

Mas agora eu sei PARA QUE TANTOS PLANOS. É porque eu quero amar e amar e amar muitos anos. sempre. Porque este amor todo que eu tenho independe de outro, independe de certezas, de dúvidas, de amanhãs. É o meu amor. É a minha carência. É o meu sentido. É o meu sentimento. E ele é grande e cabe aqui, neste instante de amar.

E o meu riso está solto. E a minha alma está leve. e os meus projetos vão bem, obrigada. E muito pouco a pouco eu me reencontrei: diferente, mas eu.

Cuida bem de mim!

Uma explosão de felicidade desde ontem à noite que se espraiou até  a manhã de hoje. E, espero, até amanhã de hoje. 

Metas de ano novo cumpridas e nem bem terminamos fevereiro!

Faltam algumas, obviamente, não sou super, mas o alcance de umas quatro ou cinco (vou fazer daqui a pouco  o inventário) me deixou simplesmente RADIANTE!

Para completar, liguei o rádio ao dirigir para o trabalho e esta nova versão lindíssima de Cuida bem de mim encheu meu dia de música. Bem alto, usando meu sony xplod, equalizado, curti a felicidade de ver o mar contabilizando alegrias. E meu coração  ficou repleto de romance. À espera.

Furar orelhas

Alice tem 2 anos e 5 meses e ouço absurdos diariamente por causa deste “problema”, creia.

Decidi não furar porque no hospital assisti aos cursos para gestante e a equipe inteira de médicos, fisioterapeutas, psicólogo, anestesista e  enfermeiras foi contra o furo por causa do risco de infecções e do incômodo para o bebê dormir de brinco. Me convenceu. Hoje tenho pena de furar por causa da dor, mas as pessoas enchem a paciência, eu já tive até que dizer que ser menina é mais uma questão de seios e vagina que de brincos na orelha. Também já provoquei: “sim, vou furar, mas um piercing no umbigo ou na língua (risos)”. As caras de susto são ótimas. Também, em outra ocasião,  já disse que vou furar a do meu filho, quando eu o tiver.

Um conselho? Siga seu feeling e pronto.