O desejo é irracional. E ele pulsa. Pulsa. Pul…sa.
Dispensa explicações.
Coração em descompasso.
O sangue correndo tão vida em meu corpo.
Olfato aguçado, buscando o teu cheiro másculo.
Os ouvidos? Surdos por causa do coração batendo uterinamente – e tão alto.
É a boca entreaberta desejando explorar seu corpo, senti-lo próximo.
Sobrancelhas arqueadas como desafio,
prescrutando a correspondência do que se sente,
indagando inquisidoras se seus olhos tão miúdos me enxergam com o véu turvo do desejo.
Então olvido o mundo.
O exterior.
O outro.
As ideias e os conceitos.
Também as culpas que agrilhoam o meu suor, este que só quer, como rio para o mar, ir ao encontro do teu.
Olvido os então questionamentos racionais que tentam – em vão! – estancar meus fluidos… impedir a vida de fluir. E fruir.
Carpe Diem.