A vida sem palavras

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Times

Quando o seu time fica empatando eternamente (podendo ganhar), você fica com a ligeira impressão de que foi o ‘tal profissionalismo’ que destruiu o futebol de vez: dinheiro, e não paixão, importa. Estes homens não amam o que fazem, a camisa que vestem, mas suas contas bancárias – salvo as exceções existentes, claro. Portanto…

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Ah, hummmm … tá ! Os próximos sete anos só se fala em copa do mundo. E viva o monotema!

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Não vou nem dizer que eu li que a Bahia vai construir um estádio que possivelmente se chamará Arena.

Mais pão e circo.

Não vou nem perguntar para que se temos a Fonte Nova onde cabem mais de 60.000 pessoas (correção necessária: a Fonte Nova precisará ser implodida).

Não vou nem refletir sobre o fato da projeção de no Arena caberem menos de 50.000 .

Não vou nem falar mais nada que o macaco já falou: “nós sofre, mas nós goza”.

Superinteressante

Nem todo conteúdo é confiável, há matérias muito superficiais e baseadas no achismo puro. Há críticas e correções a serem feitas. Mas a revista é curiosa, digamos, no mínimo.

Vale o link para (re)ler nos próximos tempos  algumas questões que já foram e outras que continuam superinteressantes. 20 anos da revista estão agora disponíveis na rede.

Diário de horrores

Toda vez que me atenho à leitura dos jornais, balanço a cabeça… tsc tsc tsc…

A escatologia toma conta da mídia. Tudo bem que não se vende anunciando que dona Mariquinha foi comprar pão de manhã, deu bom dia ao padeiro e voltou feliz para a casa como pão delicioso e quentinho… mas os crimes e os fatos exdrúxulos ocupam um espaço tal que parece que o apocalipse será amanhã de manhã.

No Correio da Bahia, um estudante de Direito que matou a  namorada a facadas ; no UOL , em MG, uma avó morreu após receber a notícia falsa de que a neta teria sido seqüestrada, na China , um ‘jovem’ de 30 anos morreu após jogar 3 dias numa lan house, um tufão destrói um monte de coisas e pessoas na Coréia e Mantega não vai abrir mão da cpmf (ahahaha… – deveriam e mudar o nome do imposto e pronto), no A Tarde, os mortos pelo acidente na Tailândia…

Bom, dá para acreditar ainda em algo: Cacciola foi preso.

Muita gente pensa que em Salvador não chove. Esta leonina que vos fala, todos os anos, já se habituou a tomar a bênção de Oxum no dia do aniversário. Dia 27, neste ano, tive muuiiiiita sorte. Choveu torrencialmente na véspera e na madrugada para, durante o dia, fazer um sol lindo e serenar à noite. No sábado, dia 28, chuva e tempestade o dia inteiro.

Um amigo acabou de me mandar o vídeo do Youtube que mostra a ressaca na Baía de Todos os Santos, com o mar a invadir todo o Yacht Clube da Bahia.

Ressaca YCB

Para quem não conhece, o Yacht Clube da Bahia é assim:

Todas as fotos extraídas do site oficial do Yacht : http://www.icb.com.br/main/capa/Default.aspx

Notícias (!?!)

Quem tem medo da excomunhão da Igreja Católica por ser a favor do aborto ou de qualquer outro ato que contrarie os princípios religiosos, lembre-se de que  a própria religião ensina que Deus perdoa.

Esta mesma religião ensina que Deus é mais autoridade que o papa, não?

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Clodo VIL

Clodo’ viu a cobra fumar. Pode ser que a dor na nuca que andou sentindo tenha sido um vuduzinho … Ahahaha

Ou será que mordeu a própria língua?

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Livro por metro:

Monte sua biblioteca com e-books. A questão não é montar  a biblioteca, é ler. Já é um avanço, entretanto, num país onde um livro razoável custa mais de 10% do salário mínimo.

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A arte do crime:

Ladrões foram à igreja, assistiram à missa, pediram pré-perdão a Deus antes do delito e depois assaltaram o baú do dízimo e mais o lap top do padre, celulares, máquinas fotográficas e um carro. Ladrão que pede perdão, tem cem anos de perdão.

Mudanças na língua

O nosso alfabeto passará a ter 26 letras quando entrar em vigor a Unificação da Língua Portuguesa até o final do ano. O acordo ortográfico da L. P. atingirá os países lusófonos Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

Haverá um período de transição para as ratificações no idioma, revisão e reimpressão de livros, gramáticas, dicionários etc. Em Portugal, 1,6% do vocabulário será modificado enquanto no Brasil cerca de 0,45%. As pronúncias típicas de cada país não se alterarão obviamente porque a fala é soberana e como ela é que consagra o uso, pode demorar muito para que a população incorpore as mudanças, se é que as incorporará.

No Brasil, por exemplo, se considerarmos a falta de uso corrente do trema, a sua extinção não fará lá muita diferença para a massa que já não o emprega. Apenas uma pequena parcela da população ainda está atenta a ele. O acento em vogais dobradas como em vôo e lêem fará mais falta, mas também se considerarmos a tendência consagrada pelo uso dos PC’s pelos jovens, a falta do acento atingirá apenas a população mais velha ou conservadora.

Se Portugal sentirá a falta do h de húmido e do c e p mudo de acto e baptismo, por exemplo, cá nas nossas terras nada se alterará porque já são mudanças estabelecidas há muito.

Acentos de ditongos também desaparecerão como o de assembléia, mas também creio que não vão lá fazer muita falta neste mundo que já não acentua mesmo muitas palavras.

Já estava mais do que na hora de entender que k, w e y fazem parte do nosso cotidiano, especialmente por causa do uso freqüente da língua inglesa.

Por outro lado, o interessante é, para mim, pensar nas prateleiras de livros com escrita arcaica que terei a partir da entrada em vigor do acordo que espera desde 1990 a assinatura de todos os países. Que venha o futuro então! Eu já faço mesmo parte do século ( e do milênio!) passado.

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Leia mais aqui: http://www.brasilportugal.org.br/nacional/content.php?sec=300&ctg=noticias

Cultura e Pensamento 2007

Segunda-feira, às 19h40, na Reitoria da UFBa, ocorreu o lançamento do Programa Cultura e Pensamento 2007 . Estavam presentes no evento o ministro da Cultura Gilberto Gil, o secretário de Cultura da Bahia Márcio Meirelles, o reitor da Universidade Federal Naomar Almeida Filho, o secretário do MinC Alfredo Manevy e Rosemberg Pinto da Petrobrás.

 
 

No momento em que a cerimônia de abertura acontecia, os índios pataxós invadiram o salão nobre e entoaram um canto em protesto, dançando em círculos num ritmo interessante. Afora o espetáculo em si, foi inoportuna a intervenção. Alegavam não ter sido convidados, fato improcedente uma vez que foi um evento de participação pública e amplamente divulgado, do qual qualquer um poderia participar. Por sinal, mais da metade das cadeiras estvam vagas e, após o protesto, os índios em massa se retiraram. Por que não ficaram, ocupando mais alguns dos lugares disponíveis?