Ainda me preocupo com o tipo de estudante que temos em sala de aula. Sei que são vítimas em grande parte do modelo tradicional de educação. Mas pensar é possível…
Uma professora nossa pediu que lêssemos O Mercador de Veneza de Shakespeare. Pediu que víssemos o filme homônimo também. E que lêssemos A luta pelo direito de Rudolph Von Ihering.
Bom, a questão é que os alunos agora andam reclamando que ela não ministra aula em sala, que não têm assunto para estudar. Toda aula é dialógica, mas, como não tem esquema e conteúdo programático predefinido, com slides intermináveis e transparências repetitivas, grande parcela do alunado não consegue perceber que seja aula. Discussão, leitura e manifestação das idéias, interdisciplinaridade, analogias, registros pessoais, resumos e tal… nada disso é aula.
Ah, a professora também não mandou ler para ontem sete livros-bíblia, mas solicitou apenas duas referências que considera mínimas e importantes, indispensáveis.
E a “galera” a pensar que não há aula incisivamente.
Ai, ai.
Tenho certeza que pelo menos um aluno a professora incitou a pensar. Já é uma esperança!
Tenho fé na educação.
Ah, estou preparando uma aula sobre Direito e Literatura, o livro citado de Shakespeare é dos exemplos clássicos.
Ale, se puder e tiver tempo, gostaria de sugestões de textos, artigos, livros…beijos