Ainda há, infelizmente, empresas que trabalham apostando na opressão e no medo como formas de manter a ordem e o controle. Os funcionários tolhidos não desenvolvem sua criatividade e nem investem no seu potencial para conseguir soluções criativas para a empresa funcionar melhor e a produtividade de todos aumentar.
Em ambientes regidos pela fiscalização excessiva, desenvolve-se, paralela à insegurança por causa do desemprego, a delação. Empregados que sofrem rigoroso controle acabam não assumindo suas falhas, tendem a incriminar colegas que estejam em nível hierárquico inferior. Ambientes que prezam a produtividade, o elogio, a promoção e a recompensa salarial geram funcionários satisfeitos com sua função, motivados a dar o melhor de si e empenhados em desenvolver estratégias que aprimorem as condições de trabalho. Pessoas felizes trabalham com maior produtividade.
A fofoca tende a diminuir em ambientes que prezam a competência e a liberdade. O respeito entre as pessoas é maior e também a eficácia do trabalho em grupo.
Medo e opressão não geram crescimento, empacam o serviço e paralisam a energia potencial do trabalhador, que se restringe a fazer o que lhe é ordenado, solicitado, sem inovar ou tentar outras soluções mais funcionais. Infelizmente, ainda há lugares que apostam na tirania do chefe, no papel inquisidor de supervisores disfarçados de ‘coordenadores’ e na delação como atitude para demonstrar fidelidade à ‘camisa’.
Não há possibilidade de crescimento no medo. O chefe-carrasco transforma os bons funcionários que a empresa captou em potenciais fugitivos em busca de melhor oportunidade em outras empresas e mantém, sob sua guarda improdutiva, mecanicista, capachos descartáveis que nada de significativo criam ou produzem.